A invenção da máquina de costura.
Não
há como associar o ato de costurar sem a presença de uma máquina de costura.
Porém, até a metade do século XIX, costurava-se a mão. As primeiras ideias de
máquinas surgiram por volta de 1760. Houve muita disputa entre patentes, para
que fossem registradas e cada vez mais aprimoradas, pois se tratava de uma
invenção. Thomas Saint, em 1790, patenteou a primeira máquina, usada para
costurar sapatos e botas de couro. Apesar do seu esquecimento, essa ideia de
invenção ressurgiu quando outros inventores desenvolveram novos projetos e
vieram a patentear modelos de máquinas, porém nenhuma era prática o suficiente
para compensar o investimento.
Barthélemy
Thimmonier, em meados de 1830, ganhou destaque após patentear o que era
considerado para a época, como a primeira máquina de costura. Após um ano,
recebeu cerca de oitenta pedidos de máquinas para atuarem em uma confecção
situada em Paris. Devido ao trabalho para fabricá-las, ele passou a trabalhar
como mecânico, para que houvesse uma supervisão da fábrica. Com isso, alguns
alfaiates se revoltaram, pois isso se tornaria uma ameaça ao seu “ganha-pão”. Isso
incentivou a destruição das máquinas, por parte da grande massa, restando
apenas uma, que foi levada por Thimmonier, para a cidade de Amplepuis (cidade
localizada na França), sua cidade natal. Alguns anos se passaram, e foi
recebida uma oferta de M. Magnin, para a produção em série de sua máquina, uma
revolução na história da costura, por ser capaz de dar duzentos pontos por
minuto. Parecia algo maravilhoso para a carreira de Thimmonier, porém,
decorridos três anos, novamente fora tudo destruído por uma multidão.
Apenas em 1850, houve
um aperfeiçoamento de uma máquina patenteada por Allen B. Wilson. O percursor
disso foi o mecânico Isaac Merrit Singer, de origem norte-americana. Houve uma
nova revolução, pois tais máquinas possuíam pedal e manivela. Onze dias, após,
a primeira máquina de costura com alta praticidade estava pronta e fora patenteada
apenas depois de um ano. No começo, o público não acreditou no potencial das
máquinas feitas por Singer. Diante disso, ele buscava aperfeiçoar cada vez mais
seus modelos, vindo a trabalhar até
meados de 1875, quando ocorreu a sua morte. A marca Singer, mesmo com a perda
do seu pioneiro, continuou a crescer, invadindo o mercado dos Estados Unidos. No
Brasil, o primeiro ponto de vendas se deu no Rio de Janeiro. Atualmente, “The
Singer Company” está presente em mais de cento e cinquenta países do mundo e
possui mais de duzentos e cinquenta modelos diferentes.
Fonte:
PEZZOLO,
Dinah Bueno – Por dentro da moda:
definições e experiências – São Paulo : Editora Senac São Paulo, 2009.